O Pantanal, a maior planície alagável do planeta, enfrenta uma crise sem precedentes com a combinação devastadora de seca extrema e incêndios. A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou que o bioma pode desaparecer até o final do século se as atuais tendências de degradação ambiental e mudanças climáticas não forem revertidas. Desde 2018, o Pantanal vem experimentando uma redução drástica na área alagada, com uma diminuição de 50% em comparação a 1985, e o ano de 2024 é considerado o mais seco já registrado.
A degradação do Pantanal é impulsionada pela destruição das nascentes e matas ciliares, provocada em grande parte por monoculturas e outros impactos humanos. Além disso, a seca prolongada e o aumento de incêndios têm causado a perda de biodiversidade, degradação dos habitats e redução da qualidade da água. Em 2024, o bioma sofreu com a maior área queimada já registrada no primeiro semestre, e a situação é exacerbada pela diminuição das cheias que normalmente ajudariam a regenerar a vegetação aquática.
O governo brasileiro está tomando medidas emergenciais para conter a crise, incluindo a mobilização de brigadistas e recursos para o combate aos incêndios. No entanto, a seca afeta todo o país, com o Pantanal sendo o bioma mais impactado. A Ministra Marina Silva defendeu a necessidade urgente de um marco regulatório de emergência climática, destacando que o meio ambiente deve ser visto como uma questão de sobrevivência e não apenas como uma pauta política.