Um incidente recente envolvendo pagers fabricados pela empresa taiwanesa Gold Apollo resultou na morte de nove pessoas e em 2.750 feridos no Líbano. Esses dispositivos, usados para enviar mensagens curtas, foram adotados por um grupo por sua capacidade de operar de forma não rastreável. A maioria dos pagers envolvidos era do modelo AR-924, que supostamente tinha explosivos implantados antes de serem entregues ao destino final, permitindo que fossem detonados remotamente.
Os pagers, que se tornaram obsoletos com a popularização dos celulares, foram ressuscitados devido a preocupações com a segurança das comunicações. O uso desses dispositivos é visto como uma estratégia para minimizar riscos de invasão tecnológica, uma vez que não se conectam à internet e utilizam ondas de rádio para troca de mensagens. Especialistas destacam que, apesar de sua simplicidade, essa forma de comunicação é menos vulnerável a interceptações e exposições de dados.
Após as explosões, o governo libanês aconselhou a população a descartar seus pagers imediatamente. A situação levanta preocupações sobre a segurança pública e a possibilidade de que tecnologias antigas, como os pagers, possam ser transformadas em ferramentas de risco em contextos violentos. A abordagem de segurança adotada por alguns grupos destaca a importância de reavaliar o uso de dispositivos de comunicação, mesmo aqueles considerados ultrapassados.