Durante a operação denominada Infiltrados, a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu a presidente de uma associação que supostamente promovia atividades criminosas disfarçadas de ações comunitárias. A investigação revelou que a associação realizava eventos beneficentes, como bingos e torneios de futebol, que eram utilizados como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. A prefeitura de Rondonópolis havia assinado um termo de colaboração com a associação, comprometendo-se a repassar R$ 120 mil anuais, sem saber que os recursos eram associados a atividades ilícitas.
Os irmãos da presidente foram identificados como os líderes do tráfico na região, e o grupo mantinha comunicação por meio de aplicativos, impondo obrigações aos membros e promovendo a ideologia da organização criminosa. A operação resultou em 73 ordens judiciais, incluindo buscas e apreensões, em vários municípios de Mato Grosso, evidenciando a extensão das atividades ilegais e a participação de diversos indivíduos no esquema.
As investigações levantaram suspeitas sobre o uso de recursos de facções criminosas para financiar campanhas políticas, incluindo a de um candidato a vereador. A decisão judicial não apenas resultou na prisão da presidente da associação, mas também determinou a suspensão das atividades e do repasse de verbas pela prefeitura, indicando um esforço para desmantelar redes de corrupção e tráfico de drogas que operavam sob a aparência de benfeitorias sociais.