Uma operação de limpeza no Rio Acre, iniciada em meio à severa seca de 2024, resultou na remoção de mais de 600 pneus em apenas dois dias. A equipe, composta por 10 trabalhadores do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), utiliza equipamentos pesados e mergulha para retirar materiais submersos, com a meta de remover 200 toneladas de lixo ao longo de 15 dias de trabalho. As intervenções acontecem em áreas críticas, como Gameleira e Mercado Elias Mansour, refletindo a necessidade urgente de preservação ambiental.
A seca que atinge o estado alcançou seu ponto mais crítico, com o Rio Acre registrando níveis de água que não eram vistos há 53 anos. Em 21 de setembro, o manancial atingiu a marca de 1,23 metro, o menor nível já documentado, superando recordes anteriores. Com a situação alarmante, as autoridades locais, incluindo a Defesa Civil, estão monitorando o nível da água diariamente, prevendo uma continuidade da baixa que começou em maio.
Além das consequências ambientais, a seca impacta diretamente diversos setores, incluindo a agricultura e o abastecimento de água potável. Para mitigar os efeitos da crise hídrica na capital, o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) construiu uma barragem próxima à captação das bombas da Estação de Tratamento de Água. O governo do Acre declarou emergência em junho, enquanto um plano de contingência já está em andamento para enfrentar os desafios impostos pela falta de chuvas, que já afetam a vida de todos os cidadãos.