O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou na Assembleia Geral da ONU, onde enfatizou a necessidade de defesa do país contra inimigos que buscam sua aniquilação, em especial o Irã e o grupo Hamas. Durante seu discurso, Netanyahu descreveu os ataques perpetrados pelo Hamas em outubro de 2023 como atrocidades, mencionando a morte de milhares de pessoas e o sequestro de reféns. Ele reiterou que a guerra poderia terminar imediatamente se o Hamas se rendesse e entregasse suas armas.
O discurso de Netanyahu foi marcado por protestos, com várias delegações, incluindo a do Brasil, deixando o plenário antes de sua fala em sinal de descontentamento. O Brasil justificou sua saída como um protesto contra a resposta considerada desproporcional de Israel aos ataques terroristas do ano anterior. Apesar do clima tenso, Netanyahu recebeu aplausos e vaias, enquanto tentava afirmar a posição de Israel em um contexto de conflitos no Oriente Médio.
Além de se dirigir ao Hamas, Netanyahu alertou sobre as ações do Hezbollah no Líbano e os ataques diretos do Irã, afirmando que Israel não hesitará em se defender. Ele declarou que o país não deseja reocupar Gaza após a guerra, mas insistiu na desmilitarização do território e na necessidade de um governo que promova a coexistência pacífica. Em resposta, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu uma solução política e a libertação imediata dos reféns israelenses.