A rede social X, operada por uma empresa de tecnologia, conseguiu restaurar temporariamente o acesso a alguns usuários brasileiros após implementar uma alteração em sua infraestrutura de servidores. Desde o final de agosto, a plataforma estava bloqueada no Brasil por ordem do Supremo Tribunal Federal, mas a mudança para servidores intermediários dificultou o bloqueio pelas operadoras de internet, permitindo que alguns usuários acessassem e publicassem conteúdo sem a necessidade de VPN.
A alteração na infraestrutura envolveu a utilização de endereços de IP vinculados à Cloudflare, que, por operar com IPs dinâmicos, torna mais complicado o bloqueio, já que muitos desses IPs são compartilhados com outros serviços legítimos, como bancos. A empresa justificou que a mudança foi necessária porque sua infraestrutura na América Latina ficou inacessível após a imposição do bloqueio, resultando em uma restauração involuntária e temporária do serviço.
As operadoras de internet estão em uma situação delicada, aguardando diretrizes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre como proceder em relação à ordem do STF. A incerteza jurídica sobre o cumprimento da decisão gera desconforto entre os provedores, que temem que ações de bloqueio possam impactar negativamente serviços legítimos. Assim, o bloqueio específico à rede social X dependeria de ações da Cloudflare, que possui a autonomia para restringir o acesso somente aos usuários brasileiros, enquanto a Anatel continua a monitorar a situação.