A morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, é considerada uma desmoralização significativa para a organização e seus apoiadores, embora especialistas afirmem que isso não comprometerá a continuidade operacional do movimento. Segundo Amal Saad, especialista em política e relações internacionais, o Hezbollah foi estruturado para enfrentar choques e demonstrar resiliência, superando a perda de líderes individuais. Apesar do impacto emocional, a estrutura do grupo deve permitir que ele mantenha sua eficácia.
A popularidade de Nasrallah, ligada a momentos históricos importantes como o fim da ocupação israelense no sul do Líbano e a guerra de 2006, cria um vazio na liderança que será difícil de preencher. Hanin Ghaddar, pesquisador sênior, observa que poucos candidatos possuem o mesmo nível de reconhecimento e apoio. A transição de liderança pode ser complicada, pois a falta de um líder carismático pode afetar a coesão interna do grupo.
Adicionalmente, se a liderança do Hezbollah enfrentar um desmantelamento real, pode haver uma reorientação da coordenação entre o Irã e o movimento. O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã poderia assumir um papel mais ativo, mas essa mudança não é simples e pode resultar em novos desafios, dado que o Irã carece do conhecimento aprofundado sobre a dinâmica libanesa. A situação, portanto, exige uma análise cuidadosa das possíveis repercussões no equilíbrio de poder na região.