O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não ter se surpreendido com a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, agora em 10,75% ao ano. Embora tenha evitado comentar o conteúdo da decisão até a divulgação da ata, marcada para a próxima semana, Haddad enfatizou a necessidade de uma análise cuidadosa do cenário econômico.
Em relação ao recente corte na taxa de juros dos Estados Unidos, o ministro destacou que essa medida era esperada e que poderia trazer um alívio para a economia brasileira. Segundo ele, a expectativa é que a trajetória de redução das taxas seja duradoura, beneficiando tanto o Brasil quanto a economia global. Haddad também mencionou a responsabilidade do país em continuar ajustando sua política econômica para aproveitar esses ventos favoráveis.
O aumento da taxa Selic, conforme indicado pelo Copom, é uma resposta às pressões inflacionárias e ao crescimento robusto da atividade econômica, além de uma necessidade de manter a política monetária contracionista. Já o Federal Reserve demonstrou confiança em relação à inflação, afirmando que os riscos para emprego e inflação estão equilibrados, o que justificou sua decisão de redução de juros em 0,50 ponto porcentual.