A Marfrig anunciou uma nova fase em sua estratégia de negócios, priorizando alimentos processados e marcas de alto valor agregado após a aprovação da venda de ativos à Minerva, um negócio avaliado em R$ 7,5 bilhões. O CEO Rui Mendonça destacou a importância de focar em operações sustentáveis e eficientes, buscando consolidar unidades com maior capacidade produtiva e localização estratégica, com o objetivo de reduzir custos e aumentar margens. Atualmente, 30% das vendas de carne desossada da empresa são de marcas reconhecidas no mercado premium.
Mendonça também enfatizou a sinergia com a BRF, que tem gerado resultados positivos para ambas as empresas. A expectativa é que a transação seja concluída até o fim de outubro, embora a venda das plantas no Uruguai ainda dependa de aprovação local. Com a venda, a Marfrig planeja utilizar os recursos para reduzir sua alavancagem financeira, que estava em 3,38 vezes no segundo trimestre de 2023, buscando assim diminuir o custo financeiro e fortalecer sua posição no mercado.
Por outro lado, a Minerva, que espera concluir a aquisição até o final de outubro, terá que vender uma planta inativa em Pirenópolis (GO), conforme exigências do Cade. A empresa afirmou que a unidade está fechada desde 2010 e não há planos de reabertura. A aprovação do Cade foi considerada favorável, pois não impôs restrições severas que poderiam afetar os planos futuros da Marfrig.