Candidato a prefeito de Goiânia pelo União Brasil, Sandro Mabel demonstra indignação com aval do governo Lula para financiamento no “apagar das luzes” da gestão do prefeito Rogério Cruz e em plena disputa eleitoral
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Publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (2/9), o governo federal autorizou que a prefeitura de Goiânia contraia um empréstimo de até R$ 710 milhões junto ao Banco do Brasil para investimentos diversos. A liberação para que o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), candidato à reeleição, realize uma operação milionária na reta final de seu mandato, sem especificar destinação dos recursos, causou estranheza nos bastidores da política goianiense.
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Candidato a prefeito de Goiânia pelo União Brasil, Sandro Mabel demonstrou indignação com a autorização concedida pelo governo Lula. “É no mínimo irresponsável que o governo federal autorize que o prefeito, no final de um mandato tão controverso, faça um empréstimo dessa monta. Ainda mais em plena campanha eleitoral”, critica. Inicialmente, o Paço Municipal terá acesso a R$ 372 milhões.
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Mabel avalia que o derrame de dinheiro público durante as eleições tem potencial até para macular o pleito. “O que está por trás dessa repentina ‘bondade’ do governo Lula com o prefeito de Goiânia? Será que isto já é um acordo entre Adriana Accorsi e Rogério Cruz para o segundo turno?”, questiona o candidato. No Paço, a contratação do empréstimo é vista como ‘tábua de salvação’ para Cruz conseguir fechar as contas de seu mandato.
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Antes do financiamento ser autorizado pelo governo federal, o prefeito Rogério Cruz e o secretário municipal de Governo, Jovair Arantes, fizeram um verdadeiro périplo em Brasília em busca da liberação dos recursos. Uma das reuniões foi com o secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto. Noleto é o petista goiano com maior influência no governo federal.
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No documento assinado por Haddad, a prefeitura de Goiânia fica autorizada a contrair o financiamento com os recursos destinados a investimentos nas áreas de educação, saúde, mobilidade, modernização de gestão e de infraestrutura. Ou seja, Rogério Cruz terá um amplo leque de possibilidades para investir os recursos nos meses finais de seu mandato e deixar a conta para o sucessor.
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Polêmica
nO pedido de empréstimo de R$ 710 milhões teve tramitação conturbada na Câmara de Goiânia, com questionamento de vereadores ao Judiciário e análise do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O processo foi iniciado em novembro de 2023, quando a Prefeitura encaminhou um projeto de lei com pedido de autorização para crédito de R$ 1 bilhão. Em seguida, foi encaminhado um substitutivo com o valor atual. A matéria só foi aprovada em março deste ano.
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– Brasil em Folhas S/A
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