No Espírito Santo, mais de 1.100 pessoas estão à espera de um transplante de rim, uma situação que reflete a alta demanda por órgãos e a complexidade do sistema de doação. Amanda Almeida Carvalho, de 27 anos, psicóloga com insuficiência renal crônica devido à doença de Berger, conseguiu um transplante bem-sucedido em julho, após a doação de rim realizada por seu pai, Jobe Fernandes Carvalho. A cirurgia ocorreu em um hospital filantrópico em Vila Velha e ambos os pacientes estão em recuperação, com o quadro geral sendo considerado excelente pela equipe médica.
A fila de espera para transplantes de rim é uma das mais longas, com uma média de 60 meses para o procedimento, e a principal causa de insuficiência renal está relacionada a doenças como pressão alta e diabetes. A compatibilidade familiar pode acelerar o processo, como foi o caso de Amanda, cujo transplante foi realizado em um tempo muito menor devido à compatibilidade com seu pai. No Brasil, apenas 70% dos transplantes de órgãos são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e o país é um dos maiores transplantadores de rim do mundo.
A campanha de conscientização sobre a doação de órgãos em 2024 tem mostrado resultados positivos, com um aumento significativo no número de transplantes realizados em comparação ao ano anterior. A Secretaria de Saúde do Espírito Santo enfatiza a importância de declarar o desejo de ser doador para a família, o que pode ajudar a diminuir a fila de espera e salvar vidas.