A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conduziu um leilão de três lotes de linhas de transmissão, que resultou em mais de R$ 3 bilhões em investimentos, destacando a continuidade das iniciativas de infraestrutura no Brasil. O Ministério dos Transportes também planeja realizar cinco leilões de rodovias federais até o final do ano. Recentemente, um grupo internacional obteve a concessão da BR-040, entre Belo Horizonte e Cristalina, prevendo investimentos de R$ 12 bilhões ao longo de 30 anos. No setor de saneamento, quase 40 projetos estão em fase de estruturação, beneficiando um potencial de 38 milhões de pessoas.
Entretanto, a atual alta da taxa Selic, iniciada na última reunião do Copom, traz preocupações quanto ao aumento do custo de capital e suas implicações nas taxas de retorno para os investidores. As debêntures, que são títulos de dívida utilizados para financiar projetos, também são impactadas por essa situação. Embora tenha sido sancionada uma nova lei que cria uma modalidade de debêntures de infraestrutura com incentivos fiscais, o aumento das taxas de juros pode diminuir a atratividade deste instrumento.
Apesar dos desafios impostos pela economia, o setor de infraestrutura segue atraindo investimentos significativos, evidenciando sua importância para o desenvolvimento econômico do país. Projetos como o trem Intercidades entre São Paulo e Campinas e novas linhas de metrô estão em andamento, demonstrando que o monitoramento das condições econômicas e a adaptação das estratégias de financiamento são fundamentais para garantir a viabilidade a longo prazo dessas iniciativas.
