O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou, em 27 de setembro, acusações criminais contra três indivíduos iranianos suspeitos de invadir sistemas da campanha presidencial de um candidato republicano e disseminar informações furtadas para veículos de comunicação. O procurador-geral destacou que essas ações tinham como objetivo desestabilizar a candidatura e que o departamento notou um aumento na atividade cibernética iraniana durante o ciclo eleitoral atual.
A campanha já havia reportado um ataque cibernético em agosto, no qual documentos internos foram roubados e divulgados. Embora grandes veículos de comunicação tenham recebido as informações, eles optaram por não publicá-las. O serviço de inteligência americano associou o Irã ao ataque, assim como a tentativas de invasão à campanha de um candidato democrata, revelando uma estratégia de semear divisões e explorar tensões na sociedade americana.
Adicionalmente, foi informado que, no final de junho e início de julho, e-mails com trechos das informações hackeadas foram enviados a pessoas ligadas à campanha do candidato democrata, mas não obtiveram respostas. A equipe do candidato caracterizou esses e-mails como tentativas de phishing. As acusações ocorrem em um contexto de crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, com relatos de conspirações e ataques associados a interesses políticos e de segurança em ambas as nações.