Os três réus do caso envolvendo os assassinatos de um indigenista e um jornalista apresentaram recursos para evitar o júri popular, enquanto suas defesas pedem a absolvição. A Justiça Federal rejeitou as acusações contra um dos acusados, considerando a falta de provas, enquanto os outros dois, que confessaram os crimes, enfrentarão o tribunal. O caso, que atraiu atenção internacional, está sob análise da Quarta Turma do TRF-1.
De acordo com as investigações, os homicídios ocorreram durante uma emboscada na Amazônia, onde as vítimas estavam documentando questões relacionadas a atividades ilegais na região. O Ministério Público alega que a motivação dos crimes foi fútil, apontando a atuação das vítimas em defesa dos direitos indígenas. O relator do caso, desembargador Marcos Augusto de Sousa, argumentou que não havia provas suficientes para incriminar um dos réus, enquanto os outros dois permanecerão em custódia.
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari expressou confiança nas provas apresentadas pela polícia, afirmando que um dos réus teve participação direta nos crimes. O processo ainda permite que tanto a defesa quanto a acusação recorram das decisões, e, caso não haja mais recursos, os acusados poderão ser levados a júri popular, com previsão de que isso ocorra no próximo ano.