O Tribunal do Júri da Comarca de Presidente Prudente condenou a viúva e um funcionário público pela emboscada que resultou na tentativa de homicídio de um fazendeiro em Iepê, ocorrida em setembro de 2022. A viúva recebeu uma pena de nove anos e quatro meses de reclusão, enquanto o cúmplice foi condenado a quatro anos em regime aberto. Durante o julgamento, 15 testemunhas foram ouvidas, e os réus foram interrogados, resultando em uma sentença que reconheceu a gravidade da trama orquestrada.
As investigações indicaram que a viúva tinha um relacionamento extraconjugal e que a tentativa de homicídio foi planejada, culminando em um ataque violento que deixou a vítima gravemente ferida. Embora tenha sobrevivido inicialmente, o fazendeiro foi assassinado poucos dias depois por um policial militar no hospital, em um ato que também levou à morte do autor do crime. A defesa do cúmplice destacou a redução da pena como um aspecto positivo, ao conseguir o afastamento de uma das qualificadoras do crime.
O caso gerou grande repercussão na região e levantou questões sobre a dinâmica de relacionamentos e a motivação por trás de atos extremos. O Tribunal de Justiça acolheu pedidos de desaforamento, transferindo o julgamento para uma localidade onde seria garantido um processo mais imparcial. A defesa do réu mencionou a possibilidade de recorrer da decisão, enquanto a investigação continua a esclarecer os detalhes que levaram à tragédia.