A recente audiência do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) trouxe à tona preocupações sobre a integridade do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição ao Titanic. O engenheiro Don Kramer destacou que o casco de fibra de carbono apresentava imperfeições significativas, como rugas, porosidade e delaminação, resultantes de problemas no processo de fabricação. Durante um mergulho em julho de 2022, um evento acústico elevado foi registrado, indicando que o submarino já havia enfrentado dificuldades antes da tragédia, ocorrida em junho de 2023.
As investigações indicam que o submarino não havia passado por testes adequados para suportar as profundidades planejadas. Um relatório de controle de qualidade de 2018, apresentado por um ex-diretor da empresa, alertava sobre deformações no material e sinais visíveis de delaminação, que comprometiam a segurança do equipamento. Apesar das recomendações de realizar testes adicionais e suspender as operações, essas preocupações foram ignoradas pela administração da empresa.
Além das falhas estruturais, foram mencionados problemas relacionados ao revestimento do submarino, que liberava um gás tóxico quando em combustão. O projeto original do Titan previa a realização de testes de estresse durante a expedição, mas esses testes não foram realizados previamente a profundidades superiores a 1.300 metros, um terço da profundidade que o submarino pretendia atingir. As conclusões da audiência devem ser divulgadas em um relatório final, que trará recomendações ao governo para evitar futuros acidentes.