A investigação sobre a implosão do submarino Titan, que ocorreu durante uma expedição ao Titanic, revelou problemas estruturais significativos no casco de fibra de carbono da embarcação. Don Kramer, do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, destacou que o casco apresentava rugas, porosidade e delaminação, sugerindo que essas imperfeições remontavam ao processo de fabricação. Além disso, durante um mergulho em julho de 2022, sensores registraram um evento acústico incomum que poderia estar relacionado à integridade estrutural do submarino.
Em depoimentos, ex-membros da OceanGate mencionaram que o Titan já apresentava sinais visíveis de delaminação e danos antes do incidente fatal. Um relatório de controle de qualidade, elaborado em 2018, apontou que o material do casco se deformava sob altas pressões, comprometendo a segurança do submersível. Apesar das preocupações levantadas, a empresa prosseguiu com os testes e a operação do Titan sem a realização de testes adequados em profundidades necessárias.
A Guarda Costeira dos EUA concluiu que o Titan implodiu a cerca de 3.350 metros de profundidade, resultando na morte de todos os cinco ocupantes. A investigação está em fase de finalização, e um relatório oficial com recomendações deve ser apresentado em breve. As revelações destacam a necessidade de revisões rigorosas nos processos de segurança e fabricação em atividades de exploração subaquática.