A Polícia Civil está investigando um esquema de falsificação de laudos veterinários necessários para a participação de cavalos em rodeios e cavalgadas. Cerca de 300 documentos falsos teriam sido emitidos por uma veterinária em Bagé, gerando preocupação entre os proprietários de animais. A irregularidade foi detectada após a denúncia de um cavaleiro que pagou pela coleta de sangue do seu cavalo, exigida para comprovar que o animal não estava contaminado por anemia infecciosa, uma doença grave e sem cura.
As investigações começaram quando a inspetoria veterinária desconfiou da numeração repetida nos laudos apresentados. A confirmação da falsificação ocorreu após o contato com o laboratório indicado nos exames, que afirmou não ter recebido amostras da veterinária em questão. Com isso, as autoridades iniciaram um inquérito policial, podendo a profissional ser indiciada por estelionato e falsidade ideológica. A Secretaria Estadual da Agricultura já suspendeu o cadastro da veterinária e o Conselho Regional de Medicina Veterinária planeja abrir um processo ético.
A situação evidencia a importância da fiscalização em processos que envolvem a saúde animal, especialmente em eventos que exigem documentação rigorosa para garantir a segurança dos animais e do público. O Código de Ética do conselho prevê penalidades que podem variar desde censuras até a cassação do registro profissional, dependendo da gravidade das infrações cometidas. As investigações continuam, visando a responsabilização adequada e a prevenção de novas irregularidades no setor.