Nos últimos dias, os bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram, resultando na morte de mais de 560 pessoas e deixando mais de 1,8 mil feridas. Os ataques visam o grupo extremista libanês Hezbollah e marcam o dia mais violento desde a guerra de 2006. Entre as vítimas está um jovem brasileiro de 15 anos, além de uma adolescente de 16 anos, cuja morte ainda não foi confirmada oficialmente pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Alice Jacques Fattore, uma brasileira que reside em uma das regiões afetadas pelos bombardeios, expressou sua preocupação e solicitou a ajuda das autoridades brasileiras para facilitar a repatriação. Ela enfrenta dificuldades para adquirir passagens aéreas e, como alternativa, considera a possibilidade de sair a pé pela cidade e atravessar a Síria, o que levanta sérias questões de segurança. O Itamaraty informou que cerca de 21 mil cidadãos brasileiros vivem no Líbano e ainda não se pronunciou sobre as estratégias para garantir a segurança e a repatriação dos brasileiros no país.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, está coletando informações de cidadãos que desejam ser repatriados, embora muitos expressem preocupações sobre a vulnerabilidade econômica ao retornarem ao Brasil. Um formulário foi enviado aos brasileiros no Líbano, mas a repatriação não é garantida. A situação destaca a necessidade urgente de apoio e uma política de assistência para os que retornam em meio a um cenário de crescente violência e incerteza.