A intensificação da seca na Amazônia, agravada pela mudança climática, tem facilitado a prática de caça e pesca ilegais de espécies ameaçadas de extinção. De acordo com o diretor de fiscalização ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, a redução dos níveis dos rios proporciona maior visibilidade para os criminosos, permitindo a captura rápida de animais, como o peixe-boi-da-amazônia e pirarucu. Recentes operações do órgão resultaram na apreensão de carne de pirarucu sendo comercializada ilegalmente em mercados locais, destacando a gravidade da situação.
Além das apreensões, a fiscalização está sendo intensificada para coibir práticas predatórias que ameaçam a fauna aquática e o equilíbrio do ecossistema. As ações são respaldadas por denúncias de organizações não governamentais e monitoramento conjunto com outros órgãos, que também avaliam a qualidade da água e a temperatura dos rios. A utilização de redes de pesca ilegais, arpões e armas de fogo nas operações criminosas tem sido reportada, evidenciando a complexidade do problema.
A recuperação dos níveis dos rios na Amazônia é crucial para a preservação das espécies ameaçadas e do ecossistema local. O diretor do Ibama enfatiza a necessidade de chuvas regulares na região para restaurar o volume de água e prevenir uma extinção em massa que resultaria em sérios desequilíbrios ambientais. As expectativas são de que as chuvas retornem em breve, possibilitando a recuperação do ambiente aquático.