A inflação medida pelo IPCA-15 em setembro apresentou uma desaceleração, ficando em 0,13%, abaixo das expectativas do mercado. Essa situação gerou um viés de baixa nas taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), mas não alterou significativamente as previsões sobre a Selic, que ainda indicam aumentos futuros. Embora tenha reduzido as expectativas de um aumento mais acentuado na reunião de novembro, os receios em relação ao cenário fiscal continuam a pressionar as taxas, especialmente nas de longo prazo.
Especialistas destacam que a pressão das taxas de curto prazo diminuiu levemente, mas o impacto nas taxas médias e longas foi limitado devido a preocupações com o controle dos gastos públicos. A divulgação recente de um relatório de receitas e despesas do governo federal, que levantou dúvidas sobre as estimativas de receita, agravou esse cenário, levando a um sentimento de incerteza entre os investidores.
Os investidores estão atentos ao Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e aos comentários das autoridades sobre o assunto. As taxas dos contratos de DI mostraram pequenas variações, indicando um ambiente de cautela no mercado, com expectativas de aumentos na Selic, mesmo que em ritmo mais moderado do que se esperava anteriormente.