O índice Ifix, que mede o desempenho dos fundos imobiliários na Bolsa, fechou a última sexta-feira com uma leve queda de 0,09%, totalizando 3.305 pontos. No mês de setembro, o índice acumulou uma queda de 2,58%, marcando o pior resultado mensal desde novembro de 2022, quando teve uma alta de 4,15%. Essa desvalorização coincide com a decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, alcançando 10,75% ao ano, o primeiro aumento desde agosto de 2022.
Analistas da XP, Ygor Altero e Ruan Argenton, destacam em relatório que existe uma correlação negativa entre o Ifix e a taxa de juros no Brasil. O aumento da Selic torna os investimentos em renda fixa mais atraentes, levando os investidores a optarem por esses ativos de menor risco, o que impacta negativamente a performance do índice imobiliário. Com essa migração de investimentos, o Ifix sente os efeitos adversos, evidenciando a relação inversa entre as taxas de juros e o mercado imobiliário.
Além disso, o relatório Focus, divulgado no dia 30 de setembro, mostra que as projeções para a taxa básica de juros em 2024 foram ajustadas de 11,50% para 11,75%. As estimativas para 2025 também foram elevadas de 10,50% para 10,75%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 se mantiveram inalteradas em 9,50% e 9,0%, respectivamente. Até o momento, o índice Ifix acumula uma queda de 0,16% no ano, embora registre uma alta de 2,69% nos últimos 12 meses.