No 81º Festival Internacional de Cinema de Veneza, a inteligência artificial (IA) ganhou destaque com a competição de curta-metragens dedicada ao uso inovador dessa tecnologia. Filippo Rizzante, da Reply, destacou que a competição buscou explorar a capacidade da IA para criar boas histórias e conteúdo de qualidade. O prêmio principal foi para “To Dear Me”, de Gisele Tong, que aborda temas como o divórcio dos pais e a jornada de autodescoberta de uma jovem.
O festival de curtas-metragens com IA, promovido pela Reply, trouxe uma nova perspectiva ao evento, mas enfrentou resistência inicial de alguns puristas do cinema. A utilização da IA na criação de conteúdo cinematográfico tem gerado debates sobre seu impacto na indústria e a resistência de alguns festivais em aceitar essa inovação. Rob Minkoff, co-diretor de “O Rei Leão”, destacou a capacidade única da IA de realizar coisas que seriam impossíveis de outra forma.
A influência crescente da IA na arte e no cinema também tem suscitado preocupações sobre a proteção dos direitos dos artistas e a possível substituição de atores por metahumanos gerados por IA. A questão foi um ponto central na recente greve de Hollywood, refletindo a inquietação sobre como a tecnologia pode alterar o panorama criativo e profissional do setor.