A greve dos servidores do Tesouro Nacional resultou na suspensão da venda de títulos públicos do Tesouro Direto nesta terça-feira, 24. Desde agosto, a categoria exige que os reajustes salariais sejam considerados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento de 2025, atualmente em discussão no Congresso Nacional. A interrupção afeta todo o sistema financeiro, impedindo que instituições realizem vendas de títulos aos investidores e cancelando operações agendadas para a data.
Apesar da suspensão, especialistas afirmam que a segurança do programa Tesouro Direto permanece intacta, já que os títulos continuam a ser garantidos pelo Tesouro Nacional. No entanto, há preocupações sobre a credibilidade do programa, especialmente se investidores tiverem operações vinculadas a outras liquidações, o que pode prejudicar a imagem do sistema. Os investidores ficam sem parâmetros claros de taxas durante o horário normal de funcionamento do mercado, dependendo apenas das taxas compiladas no dia anterior.
Os investidores ainda têm a opção de realizar resgates antecipados e agendamentos para datas futuras, e não há prejuízo direto em reagendar. Contudo, a greve e a interrupção das operações podem deixar os compradores de títulos públicos sem informações necessárias para a tomada de decisão, tornando o ambiente de investimentos mais incerto.