O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou o retorno do horário de verão em 2024, com a mudança dos relógios prevista para ocorrer após o segundo turno das eleições municipais. Essa estratégia visa deslocar o pico de consumo elétrico para um período de maior geração de energia solar, minimizando a necessidade de acionar usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes. Apesar da recomendação, o Ministro de Minas e Energia expressou dúvidas sobre a real necessidade da medida, ressaltando que a decisão final caberá ao presidente.
O ministro também destacou que, caso o horário de verão seja adotado, a previsão é de uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões ao longo da sua duração, além de contribuir com cerca de 2,5 gigawatts de energia por dia durante o pico de consumo. A adoção da medida também está alinhada a um plano de contingência elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que busca garantir o fornecimento de energia, especialmente em momentos de alta demanda.
A retomada do horário de verão requer a revogação de um decreto de 2019 que extinguiu a prática, decisão que foi tomada em um contexto de mudanças no padrão de consumo e avanços tecnológicos. A discussão sobre a possibilidade de retorno da medida já havia sido feita durante crises hídricas anteriores, mas não resultou em mudanças. O governo agora revisita essa questão em busca de soluções para a sustentabilidade do sistema elétrico nacional.