O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende regulamentar o mercado de apostas on-line e implementar soluções para reduzir o vício em jogos, uma questão que ganhou destaque nas discussões do Congresso Nacional. A regulamentação, que deveria ter sido estabelecida durante o governo anterior, não foi feita, e Haddad criticou a falta de ação nesse período, afirmando que a questão ficou em segundo plano enquanto o problema se agravava.
Desde a legalização das apostas em 2018, o governo atual busca avançar com um projeto de lei, que já foi debatido e aprovado pelo Senado. O ministro mencionou a criação de regras voltadas para o combate ao vício e ao endividamento excessivo dos apostadores, além de penalidades rigorosas para quem descumprir as novas normas. A urgência na regulamentação é ressaltada, considerando os impactos financeiros significativos que as apostas on-line têm gerado, especialmente entre as famílias beneficiárias de programas sociais.
Com gastos mensais que chegam a R$ 20 bilhões, os dados do Banco Central revelam que um número considerável de brasileiros, incluindo beneficiários do Bolsa Família, está envolvido em apostas. Para lidar com essa situação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social anunciou a formação de um grupo de trabalho, que deve apresentar propostas para evitar que recursos de programas sociais sejam usados em jogos. A regulamentação almejada inclui monitoramento das apostas e restrições de valores, visando proteger as famílias em situação de vulnerabilidade.
