Na última semana, o governo federal indicou que está considerando a reintrodução do horário de verão como uma estratégia para economizar energia. A medida visa otimizar a geração de energia proveniente de fontes solar e eólica, reduzindo a dependência de usinas hidrelétricas durante horários de pico, especialmente em um contexto de escassez hídrica e altas temperaturas. Atualmente, cerca de 50% da energia no Brasil é gerada por hidrelétricas, mas as condições climáticas adversas têm afetado sua capacidade de operação.
A combinação de uma geração insuficiente das principais fontes de energia e o aumento da demanda tem complicado o sistema elétrico nacional. Entre 1º e 8 de setembro, a demanda superou em 13% a carga média registrada durante a crise hídrica de 2021. Para suprir essa necessidade, foi necessário acionar usinas termoelétricas, o que resultou no aumento das tarifas de energia. Nesse contexto, a proposta do horário de verão poderia reduzir a demanda entre 18h e 19h, quando a produção de energia solar já não está disponível.
O ministro de Minas e Energia destacou a importância de avaliar a viabilidade do horário de verão, não apenas como uma forma de aliviar a pressão sobre o sistema elétrico, mas também como uma oportunidade para impulsionar setores como turismo e comércio. Um estudo sobre a implementação dessa medida está sendo realizado e deve ser concluído em breve. Uma reunião para discutir a possível volta do horário de verão está agendada para o dia 19 de setembro, onde serão tomadas decisões a respeito do assunto.