Após a divulgação de que 52,9% da população argentina estava abaixo da linha da pobreza no primeiro semestre de 2024, o governo de Javier Milei atribuiu a situação a duas décadas de políticas populistas. Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, destacou que a administração atual reconheceu a gravidade do problema e está implementando medidas para corrigi-lo. Os dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) revelaram um aumento de 11,2% na pobreza em comparação com o ano anterior, atingindo a maior taxa dos últimos 20 anos.
O índice de indigência, que indica a proporção de pessoas vivendo com menos do que o necessário para suprir suas necessidades básicas, também subiu, alcançando 18,1%. Adorni, no entanto, argumentou que os números indicam uma leve melhora, uma vez que dados não divulgados sugerem que a pobreza poderia ter chegado a quase 55% no primeiro trimestre de 2024. Essa perspectiva é corroborada por estatísticas que mostram uma queda na taxa de pobreza do primeiro para o segundo trimestre do ano.
O Ministério do Capital Humano emitiu um comunicado reforçando que os avanços observados estão relacionados à eficácia do plano econômico do governo, que, segundo a administração, conseguiu reduzir a inflação e permitir uma recuperação nos salários. A situação econômica continua a ser um tema central no discurso do governo, que visa não apenas enfrentar os desafios atuais, mas também traçar um caminho para a recuperação do país.