O governador da Califórnia vetou um projeto de lei que estabeleceria uma das regulamentações mais rigorosas sobre a inteligência artificial nos Estados Unidos, responsabilizando desenvolvedores por danos severos causados por suas tecnologias. A proposta, que exigiria cuidados razoáveis das empresas, como a implementação de um botão de desligamento e testes de segurança, recebeu críticas tanto de legisladores quanto de grandes empresas de tecnologia, que argumentaram que isso poderia inibir a inovação no estado.
O debate em torno do projeto de lei destaca os desafios que os legisladores enfrentam ao tentar equilibrar a supervisão necessária com o incentivo ao desenvolvimento tecnológico. O senador que apresentou a proposta expressou descontentamento com o veto, afirmando que a decisão representa um retrocesso na proteção contra riscos associados à inteligência artificial. Em contrapartida, figuras do setor tecnológico, incluindo investidores de capital de risco, alertaram que regulamentações excessivas poderiam prejudicar a posição da Califórnia como líder em inovação.
Apesar do veto, o governador anunciou sua intenção de consultar especialistas para desenvolver diretrizes viáveis sobre o uso da inteligência artificial, além de ter assinado uma outra legislação que regula como as agências estaduais utilizam essa tecnologia. O cenário atual revela a complexidade da regulamentação da inteligência artificial, onde a urgência por normas se confronta com as preocupações sobre o impacto no crescimento econômico e na inovação.