Uma pesquisa revelou que Goiás possui mais de meio milhão de usuários em plataformas de relacionamento do tipo sugar, destacando Goiânia como a cidade com o maior número de cadastrados no estado. Esses relacionamentos, definidos pela troca de benefícios explícitos e consensuais, envolvem figuras como sugar daddies e sugar mommies, que oferecem suporte financeiro, e sugar babies, que proporcionam companhia e, às vezes, intimidade. O fenômeno é uma resposta a mudanças culturais e à crescente digitalização, refletindo novas formas de conexão que priorizam autonomia e benefícios imediatos.
A psicóloga Roberta Ramalho Constantino explicou que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar a entender essas relações, que muitas vezes são guiadas por crenças sobre segurança financeira e status social. Sugar babies e sugar baby boys podem buscar esses relacionamentos para garantir conforto financeiro, enquanto sugar daddies e sugar mommies podem estar motivados por um desejo de validação e controle. A TCC sugere que tais motivações estão ligadas a experiências passadas e expectativas culturais.
A pesquisa da empresa MeuPatrocínio também destacou que a renda média de um sugar daddy em Goiás é superior a R$ 70 mil, enquanto a de uma sugar mommy é cerca de R$ 44 mil. Goiânia, com 212 mil usuários, se destaca no cenário nacional de relacionamentos sugar. Relatos como o de Graciane Cabreira, que teve uma experiência positiva com um sugar daddy, mostram que essas relações podem oferecer apoio financeiro e crescimento pessoal, dependendo das expectativas e dinâmicas envolvidas.