No bairro da Usina, na Grande Tijuca, no Rio de Janeiro, uma garça conhecida como Nina tem se tornado uma figura carismática e querida pelos moradores locais. Com suas características marcantes, como pernas finas e plumagem branca, Nina frequentemente passeia pelas ruas e se instala em árvores, cativando aqueles que a avistam. A presença constante da garça, descrita como cosmopolita, é um alívio para muitos, que a veem como um símbolo de harmonia entre a natureza e a vida urbana.
Os moradores têm nutrido um carinho especial por Nina, que foi batizada por uma cozinheira local. A garça é frequentemente alimentada por comerciantes, como Maria da Paz, que oferece peito de frango diariamente. Apesar das boas intenções, especialistas como o biólogo Mário Moscatelli alertam que alimentar animais nativos não é recomendável do ponto de vista técnico. Contudo, a empatia e o afeto da comunidade em relação a Nina refletem um espírito de convivência que transcende as diretrizes científicas.
Nina também agora é mãe, com um filhote que já foi avistado na vizinhança. Embora se saiba pouco sobre o tempo que a garça e seu filhote habitam a região, há relatos de que Nina pode estar presente há muitos anos. O Rio Maracanã, que abriga a garça, oferece um ambiente propício, com sombra, água e alimento, permitindo que a história de Nina continue a se entrelaçar com a vida dos moradores locais.