Entre janeiro e julho de 2024, Mato Grosso registrou uma série de feminicídios que refletem uma triste realidade de violência contra as mulheres. As vítimas variavam em idade, da mais jovem, de 18 anos, à mais velha, de 84 anos, e suas histórias mostram sonhos interrompidos e vidas repletas de aspirações. As circunstâncias em que ocorreram os crimes revelam que 80% dos feminicídios aconteceram em ambientes domésticos e que, em muitos casos, foram cometidos com o uso de armas brancas.
As autoridades indicam um aumento de 5% nos casos de feminicídio em comparação ao ano anterior, e a maioria das vítimas não havia solicitado medidas protetivas. Embora o número de pedidos de proteção tenha crescido, muitas mulheres continuam vulneráveis, o que levanta a necessidade de conscientização sobre os tipos de violência que antecedem esses crimes, incluindo violência física, psicológica, sexual e patrimonial. Os relatos de familiares e amigos são fundamentais para manter viva a memória dessas mulheres, transformando suas histórias em um apelo por mudança.
Para apoiar as vítimas, iniciativas como o aplicativo SOS Mulher MT foram implementadas, oferecendo uma ferramenta de socorro em situações de emergência. Apesar do aumento na procura por esse recurso, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir segurança e proteção às mulheres em Mato Grosso. A luta contra o feminicídio não é apenas uma questão de estatísticas, mas um chamado urgente à sociedade para a mudança cultural e a proteção dos direitos das mulheres.