A explosão de pagers utilizados pelo Hezbollah em 17 de setembro resultou na morte de nove pessoas e deixou quase 3 mil feridos, exacerbando a tensão no conflito no Oriente Médio. O governo libanês e o grupo extremista responsabilizaram um país vizinho pelo ataque, que se acredita ter sido uma ação deliberada. As explosões ocorreram após uma mensagem falsa enviada aos dispositivos, que ativou cargas explosivas instaladas. Autoridades alertaram a população para descartar os pagers imediatamente, enquanto equipes de emergência prestavam socorro às vítimas.
A aquisição de pagers pelo Hezbollah visava evitar a vigilância por GPS, já que o uso de smartphones e celulares havia sido suspenso entre os membros do grupo. Entretanto, a manipulação de um lote de dispositivos por terceiros resultou neste incidente trágico. A situação ressalta a crescente complexidade do conflito, com possíveis repercussões e retaliações entre as partes envolvidas, além de preocupações internacionais sobre uma escalada militar na região.
Especialistas analisam que a promessa de retaliação do Hezbollah pode levar a um confronto direto, especialmente em um contexto político delicado. O governo israelense, que já intensificou ataques contra o Hezbollah em resposta a agressões anteriores, pode utilizar a situação como justificativa para ações mais robustas. A ONU expressou preocupação e pediu que todas as partes evitem ações que possam agravar o conflito, destacando a necessidade de uma abordagem cautelosa para evitar um colapso maior na estabilidade da região.