Após um agosto de recordes, o Ibovespa enfrentou uma queda em setembro, impulsionada por incertezas fiscais e mudanças nas taxas de juros. Embora haja esperanças de um rali de fim de ano, a trajetória histórica indica que os ciclos de alta geralmente não começam em outubro. Especialistas acreditam que, apesar de uma expectativa de quarto trimestre positivo, fatores como política monetária e dados econômicos nos próximos dias serão cruciais para determinar o desempenho da bolsa.
Entre os principais aspectos a serem monitorados em outubro, a condução da política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos é um dos mais mencionados. Analistas sugerem que a expectativa de um fim próximo do ciclo de alta de juros no Brasil pode criar um ambiente favorável para investimentos em ações. Além disso, os estímulos econômicos na China podem impactar positivamente empresas brasileiras, especialmente no setor de mineração, com ações de grandes companhias como Vale potencialmente se beneficiando de um crescimento no mercado imobiliário chinês.
Outros fatores incluem a resiliência da atividade econômica brasileira, que pode ser um indicativo positivo para empresas cíclicas, e a expectativa da temporada de balanços do terceiro trimestre. No entanto, a política fiscal continua a ser uma preocupação significativa, com um déficit primário registrado, o que pode limitar o investimento e incentivar a especulação. Assim, os próximos dados econômicos e a reação do mercado a eles serão decisivos para a performance do Ibovespa em outubro.