A mediana das estimativas do relatório Focus do Banco Central indica que o Brasil deve enfrentar um déficit primário de 0,60% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, distante da meta do governo de déficit zero. A previsão anterior apontava um déficit de 0,65%. O Executivo espera um resultado negativo de R$ 28,8 bilhões, alinhado ao limite inferior da meta estabelecida. Para 2025, a estimativa de déficit primário também se manteve acima da meta, passando de 0,75% para 0,74% do PIB.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025 segue a nova meta fiscal de déficit primário zero em relação ao PIB, apresentando um resultado neutro que já desconta R$ 44 bilhões em gastos com precatórios fora da meta. No entanto, as expectativas de déficit nominal aumentaram, passando de 7,55% para 7,79% em 2024, enquanto a mediana para 2025 permaneceu em 7,20%, refletindo uma alta em relação ao mês anterior.
A dívida líquida do setor público como proporção do PIB se manteve estável em 63,50% para 2024, mas a estimativa para 2025 aumentou de 66,10% para 66,50%. Essas projeções refletem um cenário desafiador para a gestão fiscal, com a necessidade de ajustes para alcançar as metas estabelecidas e garantir a sustentabilidade da economia.