A expectativa para a Super Quarta de setembro é marcada por movimentos divergentes nas políticas monetárias dos Estados Unidos e do Brasil. Nos EUA, o Federal Reserve deve iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros, impulsionado pela confiança de que o processo de desinflação continua, apesar de uma desaceleração. Economistas acreditam que o Fed adotará uma postura cautelosa, com um possível corte de 0,25% ou até 0,50%, dependendo da evolução do mercado de trabalho e de dados econômicos futuros.
Por outro lado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil deve seguir uma direção oposta, elevando a taxa Selic para combater as expectativas de inflação, que permanecem altas devido a incertezas políticas e econômicas. A inflação dos serviços e a recuperação dos preços industriais estão pressionando o Banco Central a agir, com uma previsão de aumento de 0,25% nesta reunião e mais ajustes nas próximas, levando a Selic a cerca de 12% ao ano. A estratégia é reforçar a credibilidade da autoridade monetária após tensões anteriores.
Analistas apontam que as decisões de ambas as instituições serão influenciadas por dados econômicos futuros e pela dinâmica global. Enquanto o Fed pode adotar cortes mais cautelosos em resposta a um mercado de trabalho resiliência, o Copom enfrenta a necessidade de aumentar os juros para não perder credibilidade, em um cenário onde a inflação ainda é uma preocupação. A interação entre esses dois contextos pode ter implicações significativas para a economia global e local.