Os Estados Unidos, a União Europeia e nove países latino-americanos condenaram a ordem de prisão emitida contra Edmundo González Urrutia, opositor venezuelano que reivindica vitória nas eleições presidenciais que reelegeram Nicolás Maduro. A ordem foi emitida por um tribunal que julga casos de terrorismo, com acusações que incluem desobediência, conspiração e sabotagem. González está escondido há mais de um mês e é alvo de uma perseguição política segundo seus defensores e a oposição.
Brian Nichols, chefe da diplomacia dos EUA para a América Latina, e Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, criticaram a medida e pediram o respeito pelos direitos humanos e pela liberdade de González. A Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai também se posicionaram contra a ordem de prisão, denunciando-a como uma tentativa de silenciar a oposição e ignorar a vontade popular venezuelana.
A ordem de prisão ocorre em um contexto de crescente tensão política e repressão na Venezuela, com Maduro reafirmando seu terceiro mandato e acusando González e a oposicionista María Corina Machado de incitar violência nos protestos pós-eleitorais. A situação também coincide com a apreensão de um avião ligado a Maduro pelos Estados Unidos, que a Venezuela classificou como pirataria.