O município de Benjamin Constant, localizado na região do Alto Solimões, enfrenta uma das piores estiagens das últimas décadas, afetando gravemente o abastecimento de itens essenciais, como combustível, gás e alimentos não produzidos localmente. A seca também resulta em uma escassez de água potável em várias áreas da cidade, levando a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) a implementar um regime de racionamento que pode chegar a 12 horas diárias sem fornecimento em algumas regiões.
A situação se agrava com a redução do funcionamento das unidades de saúde, que operam em horários limitados e apenas em áreas com fornecimento de energia. Esse cenário crítico coincide com um aumento das doenças respiratórias e parasitárias, além do consumo de água imprópria pela população, elevando os riscos de contaminação. A falta de água tratada e a seca do rio dificultam ainda mais a passagem de embarcações, o que pode levar a um colapso no abastecimento de combustível e insumos essenciais.
Em resposta à emergência, a prefeitura está mobilizando recursos próprios para garantir a passagem de pequenos barcos pelo rio e busca apoio dos governos estadual e federal para minimizar os impactos da estiagem. A crise ambiental já afeta mais de 560 mil pessoas no Amazonas, e todos os municípios decretaram situação de emergência, com previsões de que a seca deste ano seja ainda mais severa do que a do ano anterior.