O dólar brasileiro enfrentou sua sexta queda consecutiva nesta quarta-feira (18), impulsionado pelo início do esperado ciclo de relaxamento monetário nos Estados Unidos. Após o Federal Reserve (Fed) anunciar uma redução de 50 pontos-base na taxa básica, a moeda americana caiu para R$ 5,4617, o menor fechamento desde 19 de agosto. Com uma desvalorização acumulada de 3,70% nos últimos seis pregões e 3,08% apenas em setembro, o movimento reflete a confiança crescente do Fed na trajetória de inflação rumo à meta de 2%.
Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que, embora haja progresso na luta contra a inflação, não é hora de especular sobre cortes rápidos e significativos nas taxas de juros. Ele condicionou futuras decisões a indicadores econômicos, desestimulando a ideia de um ciclo agressivo de cortes. As declarações levaram a uma diminuição da euforia no mercado, resultando em uma leve alta do índice DXY, que encerrou o dia em 101,100 pontos, refletindo uma recuperação moderada da moeda americana.
A resposta do mercado financeiro a essas decisões foi significativa, com o dólar acompanhando o movimento de desvalorização nas últimas horas de negociação. A opção do Fed pela redução das taxas sugere uma intenção de ajustar os juros rapidamente ao nível neutro, entre 3% e 3,5%. Esse cenário de expectativas, aliado ao comportamento do mercado, cria um ambiente de cautela, indicando que a volatilidade pode persistir nas próximas semanas.