O mercado doméstico registrou, nesta terça-feira (17), o quinto pregão consecutivo de baixa do dólar, que fechou a R$ 5,4882, menor valor desde 23 de agosto. A moeda americana acumula uma desvalorização de 2,61% em setembro, beneficiada pela expectativa de um aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos, com a iminente alta da Selic e a possibilidade de redução da taxa básica norte-americana.
As divisas latino-americanas, como os pesos colombiano e mexicano, também se valorizaram, apesar do avanço nos retornos dos Treasuries e do fortalecimento do dólar frente a outras moedas. O Federal Reserve (Fed) é esperado para adotar uma postura mais agressiva, com possibilidades crescentes de um corte na taxa de juros em 50 pontos-base, mesmo diante de dados econômicos robustos dos EUA, como o aumento nas vendas do varejo e na produção industrial.
A equipe do BTG Pactual antecipa que a Selic pode alcançar 12% até janeiro de 2025. Embora um aumento no diferencial de juros possa ser benéfico para o real, os economistas alertam que uma queda mais significativa do dólar dependerá de ações eficazes para conter o endividamento público.