O dólar apresentou leve queda ao longo da tarde da última sexta-feira (27), finalizando a sessão com uma desvalorização de 0,16%, cotado a R$ 5,4361. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 5,4272 e R$ 5,4581. Embora o real tenha conseguido alguma valorização, as expectativas de crescimento econômico global e a situação interna, marcada por uma queda na taxa de desemprego, criaram um ambiente de incerteza. Os indicadores nos Estados Unidos e no Brasil sugerem uma possibilidade de corte nas taxas de juros, o que pode impactar diretamente o desempenho do real em relação ao dólar.
No cenário internacional, a valorização das commodities, especialmente do minério de ferro, foi influenciada por medidas de estímulo econômico na China. Este contexto ajudou o real a registrar uma desvalorização acumulada de 1,54% em relação ao dólar durante a semana, destacando-se como uma das moedas com melhor desempenho entre os pares. Ao longo do mês, o dólar acumula uma queda de 3,53%. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas, também teve uma leve queda, refletindo a dinâmica econômica que favorece a estabilidade nas taxas de juros.
Para a próxima semana, o mercado estará atento a uma série de dados do emprego nos Estados Unidos, incluindo o relatório de setembro, que poderá influenciar as decisões do Federal Reserve em relação aos juros. Com a inflação se aproximando das metas estabelecidas, indicadores de emprego fracos podem reforçar as expectativas de cortes adicionais nas taxas de juros, especialmente em um cenário em que o governo busca evitar uma deterioração do mercado de trabalho. A alta nas commodities também pode trazer benefícios para a arrecadação governamental, indicando um panorama econômico em transformação.