O primeiro discurso do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na Assembleia-Geral da ONU desde o início do conflito em Gaza foi marcado pela saída em massa de delegações de vários países, incluindo o Brasil. A decisão de se retirar foi em protesto contra as ações de Israel na região, exacerbadas pela crise humanitária em Gaza e a morte de brasileiros no Líbano. A delegação brasileira, liderada pelo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, se juntou a países como Arábia Saudita, Bolívia e Turquia ao deixar o plenário.
Durante o discurso, Netanyahu reafirmou a continuidade das operações em Gaza e no Líbano até que os objetivos israelenses sejam alcançados, ao mesmo tempo que se posicionou contra o Hamas, alegando que o grupo não teria papel na reconstrução da região. Os comentários dos líderes que o antecederam foram críticos em relação às ações de Israel, pedindo a interrupção imediata do conflito e destacando a situação trágica enfrentada pelo povo palestino.
As relações entre o Brasil e Israel se deterioraram nos últimos meses, especialmente após declarações do presidente Lula sobre a comparação das operações israelenses com eventos históricos significativos. A tensão crescente e a falta de um embaixador brasileiro em Israel refletem um cenário diplomático complexo, onde as ações no Oriente Médio continuam a polarizar a comunidade internacional e a provocar reações contundentes nas esferas política e social.