Nesta sexta-feira (27), celebra-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos, uma data que visa promover a conscientização sobre a importância desse ato altruísta. No Brasil, a legislação estabelece que, apesar da vontade expressa do doador, a decisão final sobre a doação cabe à família. Entre janeiro e junho deste ano, 45% das famílias consultadas nos hospitais não autorizaram a doação de órgãos, um aumento em relação aos 40% do mesmo período em 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Os números são alarmantes, já que atualmente 44.634 pessoas aguardam um transplante no país, sendo a maioria delas por um rim. Os estados com o maior número de pessoas na lista de espera incluem São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A falta de autorização das famílias impacta diretamente na quantidade de doações, enfatizando a necessidade de diálogo sobre o assunto entre doadores potenciais e seus familiares, conforme apontam especialistas na área de transplantes.
Para se tornar um doador, é fundamental que a pessoa comunique sua intenção à família, pois esta será a responsável pela autorização após a morte. Em vida, o doador também pode optar por destinar órgãos e tecidos a parentes, desde que não haja risco à sua saúde. Assim, a sensibilização da população sobre a importância da doação e o respeito à vontade do doador são cruciais para aumentar as taxas de doação no Brasil.