No Dia do Surdo, celebrado em 26 de setembro, destaca-se a necessidade de conscientização sobre a surdez e a valorização da cultura surda no Brasil, onde cerca de 5% da população apresenta algum tipo de deficiência auditiva, totalizando mais de 10 milhões de pessoas. Em Juiz de Fora, a psicóloga Patrícia Reis, que atua na área há 21 anos, enfatiza as dificuldades enfrentadas pela comunidade surda ao buscar serviços adaptados às suas necessidades, especialmente em campos como a psicologia.
Patrícia Reis se especializou em Língua Brasileira de Sinais (Libras) após seu primeiro contato em um curso na Associação dos Surdos de Juiz de Fora. Sua experiência a motivou a focar em atendimentos que respeitam a identidade e a cultura surda, e a sua monografia de conclusão em psicologia abordou precisamente essa temática. Ao longo dos anos, ela desenvolveu um atendimento que hoje inclui cerca de 40% de sua clientela composta por surdos e surdos cegos.
A psicóloga ressalta que, apesar das semelhanças nas questões enfrentadas por surdos e ouvintes, é essencial um atendimento especializado que considere as especificidades da comunidade surda. Além de ser fluente em Libras, Patrícia reforça a importância da atualização contínua no aprendizado da língua, que está em constante evolução, demonstrando assim o comprometimento com uma prática profissional que busca sempre aprimorar o suporte oferecido a seus pacientes.