Quase sete meses após o desaparecimento de uma advogada em Petrópolis, seu corpo foi encontrado concretado em um muro. A Polícia Civil identificou a vítima por meio de exame odontológico e prendeu um homem que trabalhava para a família da advogada, confessando seu envolvimento no crime. Informações reveladas pela defesa do suspeito indicam que a morte foi planejada em conjunto com o marido da vítima, alegando que o sequestro era uma tentativa de encobrir o homicídio. A motivação para o crime teria raízes em questões familiares.
A advogada, de 54 anos, foi vista pela última vez em fevereiro ao sair de um shopping, onde trocou mensagens antes de desaparecer. Após o sequestro, mensagens enviadas do celular da advogada pediam um resgate de R$ 4,6 milhões e orientavam o marido a não notificar a polícia. O caso só foi reportado às autoridades duas semanas depois, quando a família já havia pago o montante exigido, e um áudio entre o marido e o suspeito foi registrado por uma filha.
As investigações resultaram na prisão de quatro suspeitos, incluindo o homem que se apresentava como policial federal. Evidências mostraram que ele não esteve no local onde supostamente pagaria os sequestradores, mas sim em uma concessionária, onde adquiriu veículos e aparelhos eletrônicos. As autoridades continuam a investigar as conexões entre os envolvidos e o crime, com o Ministério Público apresentando denúncia contra os suspeitos, indicando um esquema mais amplo e premeditado por trás do sequestro e homicídio.