No contexto das enchentes no Rio Grande do Sul, profissionais de saúde, como enfermeiros e dentistas, enfrentaram grandes desafios para garantir a vacinação de pessoas deslocadas. Com a necessidade de vacinas contra doenças como hepatite A e covid-19, as equipes de vacinação tiveram que superar a resistência da população, que estava mais preocupada com a crise imediata do que com a imunização. A falta de documentação para registrar as doses aplicadas complicou ainda mais a situação, já que muitas pessoas estavam sem acesso a seus cartões de saúde.
Além das dificuldades logísticas, como a locomoção em áreas alagadas, os profissionais contaram com o apoio do Exército para transportar vacinas e atender comunidades isoladas. A experiência de uma dentista que se tornou enfermeira destacou a importância de um plano de contingência bem estruturado, que incluiu equipamentos adequados e a coordenação com colegas capacitados. Essa preparação foi crucial para responder de maneira eficaz ao cenário caótico provocado pelas enchentes.
Na Amazônia, as mudanças climáticas também impactaram os serviços de vacinação, com a pior seca em décadas afetando o acesso a comunidades ribeirinhas e quilombolas. Profissionais de saúde ressaltaram a importância do microplanejamento para antecipar as ações de vacinação em áreas de difícil acesso. Contudo, eles reconheceram que ainda há necessidade de mais investimento em tecnologia e inovação para enfrentar tanto a seca quanto as cheias, garantindo a continuidade dos serviços de vacinação em todo o país.