O Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve anunciou um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, sinalizando o início de um ciclo de flexibilização monetária. A decisão, que ocorre em meio a preocupações com o mercado de trabalho, foi respaldada pela confiança dos formuladores de política monetária de que a inflação está se movendo em direção à meta de 2%. Em contraste, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em um movimento unânime que reflete um cenário de maior risco inflacionário no país.
O presidente do Fed, Jerome Powell, ressaltou a ausência de sinais de recessão, apesar das pressões inflacionárias ainda persistentes. Ele expressou otimismo sobre o progresso feito na convergência da inflação à meta, embora tenha destacado que a missão ainda não está completa. Por outro lado, o Copom indicou que o futuro ritmo de ajustes na Selic dependerá da evolução das expectativas de inflação e da dinâmica econômica interna.
Após os anúncios, o ministro da Fazenda do Brasil comentou que o corte do Fed, embora tardio, deve trazer alívio econômico ao país. A reação do mercado foi de cautela, com expectativas de ajustes limitados nas taxas de juros e uma possível queda do dólar em relação ao real. Além disso, o mercado internacional registrou alta nos índices futuros dos EUA, refletindo a expectativa de um pouso suave para a economia americana após o corte de juros.