O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não anunciou quem assumirá o novo cargo de autoridade climática do governo, gerando discussões no Congresso Nacional. Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, enfatizou a importância de um consenso entre as partes para que a escolha não enfrente resistência legislativa, especialmente em relação a medidas ambientais. Há preocupações sobre a possibilidade de que a indicação de um político para o cargo complique a aprovação de iniciativas, como o endurecimento das penas para incêndios criminosos.
O deputado Alceu Moreira, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, expressou que seu grupo está aberto a apoiar ações voltadas ao meio ambiente, desde que não sejam politizadas. Ele citou um exemplo recente de atritos entre o governo estadual e o federal, que surgiram a partir de divergências políticas, refletindo a necessidade de uma abordagem mais harmônica em questões ambientais.
Lula está atento às reações do Congresso e considera pelo menos dois nomes técnicos para o cargo de autoridade climática: Ana Toni, atual secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, e André do Lago, que ocupa a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente no Ministério das Relações Exteriores. A escolha de uma figura técnica visa mitigar conflitos e facilitar a implementação de medidas urgentes para enfrentar os desafios climáticos do país.