Uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou o governo local a indenizar uma paciente em R$ 50 mil devido a um erro médico ocorrido em um hospital público. A paciente, internada para tratamento de tuberculose no Hospital Regional de Taguatinga, recebeu uma transfusão de sangue não prescrita e incompatível com seu tipo sanguíneo, resultando em reações adversas que a levaram a desmaiar e necessitar de transferência para a UTI.
A médica especialista em medicina legal destacou que o erro poderia ter sido evitado por meio da verificação rigorosa da identidade da paciente e da correta confirmação de sua ficha médica. A especialista mencionou a importância de protocolos de segurança, enfatizando que a dupla checagem é crucial em situações que envolvem a vida dos pacientes. Ela também fez um paralelo com a Teoria do Queijo Suíço, que ilustra como pequenas falhas podem se alinhar e resultar em incidentes graves em sistemas complexos.
O tribunal reconheceu os danos emocionais e físicos sofridos pela paciente, incluindo insuficiência renal aguda. A decisão ressaltou a relevância da perícia médica para avaliar a extensão dos danos, tanto temporários quanto permanentes, e a análise detalhada dos documentos e eventos que levou à responsabilização pelo erro hospitalar. A jurisprudência estabelecida neste caso serve como um alerta sobre a necessidade de rigor e atenção nos procedimentos médicos para garantir a segurança dos pacientes.
