O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu conceder prisão domiciliar a um dos réus envolvidos no assassinato de um indigenista e de um jornalista, ocorrido em 2022 na Terra Indígena Vale do Javari. A defesa do réu argumentou a favor da medida devido a problemas de saúde, incluindo a necessidade de uma colonoscopia. A prisão domiciliar impõe a utilização de tornozeleira eletrônica e a permanência na residência de um familiar em Manaus, enquanto as acusações contra ele foram rejeitadas por falta de evidências que comprovassem sua participação no crime.
Enquanto isso, os outros réus do caso permanecem detidos e aguardam julgamento, com suas situações sendo avaliadas devido à análise das provas apresentadas. O crime, que resultou na morte de duas pessoas, teve um impacto significativo na atenção pública sobre a segurança de defensores de direitos humanos e jornalistas na região. Os corpos das vítimas foram encontrados após uma intensa busca que durou dez dias, levantando preocupações sobre a violência na área.
As ameaças recebidas pelas vítimas antes do crime evidenciam a gravidade da situação enfrentada por aqueles que defendem comunidades indígenas e atuam na cobertura jornalística de temas sensíveis. O desdobramento deste caso continua a ser acompanhado de perto pela sociedade e por organizações que lutam pelos direitos humanos e pela proteção do meio ambiente na Amazônia.